domingo, 27 de março de 2011

Triperdidas: procurando um canto

Eu e a Ana pagamos a casa de estudante ainda em Porto Alegre e o plano era ficar lá por quatro semanas. Já a Duda pagou uma semana de casa de estudante e o plano era pagar mais semanas se necessário. Conversando com o nosso casal de amigos, Thayse e Márcio, resolvemos alugar um apartamento ou casa de três dormitórios para nós cinco. O casal num quarto, eu e a Ana num e a Duda no outro.

Para procurar casa/quarto/apartamento/etc aqui em Dublin, a maior parte das pessoas procura no site daft.ie. Nesse site, pode-se encontrar todo tipo de acomodação. É muito bom! Foi por lá que achamos a nossa casa. Às vezes é direto com o proprietário, com o locatário (no caso de dividir apartamento com outras pessoas) ou, como no nosso caso, com um agente imobiliário.

A busca durou um dia, pois a Duda precisava sair o quanto antes da casa dela para não pagar mais uma semana. Saímos numa segunda-feira e na terça já fechamos. Eu e a Ana conseguimos vender uma semana das duas que ainda tínhamos na casa de estudante para os nossos amigos mineiros e o casal eventualmente conseguiu repassar o estúdio que estavam alugando.

Alugamos uma casa em Dublin 8, perto da St. Patrick’s Cathedral. Há uma avenida grande aqui perto, a Thomas Street e estamos a 15 minutos do Temple Bar e uns cinco do Rio Liffey. No início, ficamos um pouco apreensivas, pois não conhecíamos a região. Com o tempo, vimos que é super tranquila, perto do centro e com várias opções de supermercado. A casa não é grande, mas é espaçosa e aconchegante, tem móveis e aparelhos novos e está toda equipada (ferro de passar roupa, todos os móveis e eletrodomésticos, aspirador, etc). Moramos na Pimlico, não tem street, avenue, road, square, etc no nome da nossa rua. É bem estranho, mas ta no contrato!




A vizinhança não é muito bonita, mas é super tranquila.


As regiões e as ruas de Dublin têm uma história muito forte, então decidi pesquisar um pouco sobre a região, chamada The Coombe. Em 1825, duas mulheres morreram com seus bebês recém-nascidos nessa região na tentativa de chegar no hospital Rotunda, que ficava mais ao norte. Um ano depois, o hospital The Coombe foi inaugurado. Hoje em dia existe até um memorial – aqui perto ; ) – para as milhares de mulheres que deram à luz nesse hospital, assim como à sua equipe. 


Ah, já ia esquecendo! Somos vizinhas da Guinness Storehouse! Sentimos o cheiro da indústria quando saímos na rua e sempre que vamos pro centro passamos pelo portão da Guinness e pelos turistas carregando sacolas cheias de souvenirs!


Esse é o meu canto favorito!

Algumas visões da casa. Primeiro, nosso quarto bagunçado!










 Gostamos muito da casa! Em breve um post sobre como a casa funciona... é bem diferente : )

Falou triperdidas!
Melina.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Triperdidas: trabalho parte 3

Muitas mudanças de humor e decepções depois, estou empregada! É um alívio ao mesmo tempo que é trabalho duro! Mas vamos começar do início; o francês tava achando que eu ia virar “amiguinha” dele. Quando me ligou de noite depois da entrevista ficou me perguntando um monte de coisa tipo, qual era a minha bebida favorita e dizendo que ia me levar pra beber pra ele me conhecer. Pô, vai se fuder, eu ia limpar a casa! Que merda é essa? Comecei a me sentir ridícula e assediada, mas não falei nada no telefone no desespero de começar a trabalhar logo. Ele tinha me perguntado que hora podia me ligar no outro dia e depois ficou me ligando em outros horários de número desconhecido. Eu já tava indignada e não atendi. Como não dei um corte nele de primeira achei que era melhor não falar do meu desconforto com o comportamento dele e achei melhor mandar uma msg de noite dizendo q tinha conseguido um emprego full time e que não poderia trabalhar mais com ele. Segunda passada ele ligou de novo de número desconhecido e resolvi atender. Ele ficou falando normal até eu dizer que, como eu tinha dito na msg, tinha conseguido um emprego e não poderia mais trabalhar com ele. O cara ficou puto, ficou dizendo q tava contando comigo (pra limpar um apartamento que nem tinham desocupado ainda!!!) e que já teve experiência com brasileiros e já esperava e blablah. Fui educada, desejei boa sorte, até ofereci o telefone do Márcio. Aparentemente ele tava a fim de encher o meu saco! Mala francesa sem alça. Tão imbecil que eu até já esqueci.

Tive a entrevista no café e nada de resposta. É um café que tem por tudo aqui, mas são franquias, o O’briens. Na sexta feira mandei uma msg pra mulher que me entrevistou, simpática e tal, perguntando se ela já tinha decidido e desejando happy st. Patrick’s Day. Ela só me respondeu no findi, pediu que eu fosse na segunda por algumas horas para fazer uma tentativa, que nem no restaurante. Fiz o melhor que pude, fui simpática, rápida, não fiquei parada. No final do meu horário ela veio falar comigo, perguntou o que eu tinha achado e se queria trabalhar com eles, pq eles queriam trabalhar comigo. Fiquei super feliz! Então ela disse que pagaria 8 euros por hora e que teria um período de experiência de três meses. Na entrevista ela tinha dito 7,65 ( o salário mínimo) e que o período de experiência seria de seis meses. Fui pra casa super feliz, acreditando na vida no exterior! J

Hoje é quinta feira, trabalhei quatro horas na segunda e três horas nos outros dias. Amanhã vou trabalhar três horas de novo e folgar no findi. Lá o trabalho é basicamente fazer os sanduíches que eles têm e os que os clientes montam na hora, tipo subway, só que com ingredientes muito mais sofisticados. Eles têm seis opções de bagel, sanduíche de pão de sanduíche (branco ou integral), ciabatta, shambo, e tu coloca o que quiser dentro. Todos parecem muito gostosos! Quero muito provar o “the classic” que é cream cheese no bagel com salmão defumado. E tudo tem uma opção saudável e leve. Mas o que mais sai são as combinações com bacon e queijo derretido : P

Além disso, recolho os pratos das mesas, lavo, seco, coloco no lugar, faço café, sirvo sopa e arrumo os rangos nos lugares certos. O horário em que eu trabalhei essa semana 12h-15h é o mais movimentado, então não dá tempo nem de lavar as mãos! É uma loucura, mas muito legal, a gerente e a menina que me ensina os sanduíches, Lineth e Kaisa, são muito queridas.

O trabalho é duro, não paro um minuto, chego em casa com as costas doendo, mas é um alívio! Tava meio estressada de me esforçar tanto e não me sentir satisfeita com o resultado e os ganhos do meu trabalho. Trabalhando bastante nos próximos meses vou conseguir viajar bastante e guardar uma graninha pra fazer umas outras coisas ; ) Agora me diz, quando é que consegui fazer isso no Brasil trabalhando de teacher e pagando aluguel?

Hoje conversei com a Lineth sobre ela me dar mais horas, e ela disse que tem. Fiquei muito feliz pq então não preciso procurar outro emprego e vou poder começar a juntar dinheiro já! Tomara que semana que vem eu já trabalhe mais! Vou poder fazer umas aulas de flauta e talvez até academia : P

Bem é isso ae! Ansiosa pelo primeiro salário, animada pelo trabalho!!!

Obrigada pelas velas, figas, dicas e torcida!!! Bjao!

Falou triperdidas!
Melina.

sábado, 19 de março de 2011

triperdidas: Saint Patrick's Day

Dia de São Patrício  

São Patrício é o padroeiro da Irlanda. O dia de São Patrício é celebrado no dia 17 de março por irlandeses em todo o mundo. O santo foi muito importante para os irlandeses por ter disseminado a religião católica, principalmente na região conhecida hoje por República da Irlanda. É importante lembrar que a separação da República da Irlanda da Irlanda do Norte em dois países se deu basicamente por uma diferença religiosa, já que a Irlanda do Norte é majoritariamente protestante.

Diz a lenda, que S. Patrício expulsou as cobras da Irlanda como prova de sua fé e da força da fé cristã. E é fato que não existem cobras aqui. Além disso, S. Patrício era uma figura carismática que ajudava os necessitados.  Costumava explicar a divina trindade (pai, filho e espírito santo) para os pagãos usando um trevo de três folhas, que em inglês chama-se shamrock. Ele batizou os primeiros pagãos e os converteu num poço onde hoje é a Catedral de São Patrício (Saint Patrick’s Cathedral).


Então no dia 17 de março os irlandeses celebram essa data sendo bem nacionalistas; vestem verde, que é a cor oficial da Irlanda, usam um trevo de três folhas na roupa, tocam e dançam músicas tradicionais e assistem o desfile. A única parte que não entendo é o porquê de se embebedarem tanto.
Hoje em dia, por causa da quantidade de turistas europeus e não europeus que visitam o país para participar da festa, as comemorações duram do dia 16 ao dia 20 de março, há diversas atividades acontecendo pela cidade e o desfile é bem maior e mais elaborado do que era originalmente.


Vimos alguns desses eventos, o desfile, os shows de música na rua, artistas performáticos de rua, funfairs (que é tipo um parque de diversão) e um show de dança tradicional irlandesa chamado Céíli. Nesse show um professor de dança explica os passos enquanto os dançarinos demonstram e o público dança junto! Muito bom! Várias pessoas, entre adolescentes, adultos e idosos dançam juntos no meio da rua. Uma vibe muito boa! Adoramos! Só não tive coragem de dançar :P




Na região do Temple Bar, região famosa pelos pubs, estava cheia de gente, todo mundo bebendo apesar de ser proibido beber na rua aqui. Mais o que mais chamou a nossa atenção foi um grupo de brasileiros que além de estarem tocando e dançando um axé no meio da rua, ainda ergueram a bandeira brasileira e gritaram em coro “Brasil, Brasil!”. Um tanto inapropriado já que essa é uma data super nacionalista para os irlandeses. Mas eles estavam curtindo e dançando, então acho que ta tudo bem. Até nos disseram que tinha umas irlandesas rondando o pessoal, pois acham os brasileiros “facinhos”.
Esperando o desfile:




 melhores momentos do desfile:






 Temple Bar:



Happy Paddy's Day!

Falou triperdidas!
Melina

quinta-feira, 17 de março de 2011

triperdidas: vídeos

HAPPY PADDY'S DAY!!!

Fomos no desfile e participamos de alguns dos eventos do dia de hoje. Mas como a comemoração de St. Patrick's Day aqui em Dublin vai do dia 16 até o dia 20 de março, vou esperar um pouco antes de postar sobre as nossas aventuras desse feriado tão especial para os irlandeses!

Para sentirem um gostinho, dêem uma olhada no vídeo dos nossos amigos mineiros:
http://www.youtube.com/watch?v=FT3NX_PRNAk
Se não abrir, procurem por "viajante bob" no youtube.

Bjs!

Falou triperdidas!
Melina.

terça-feira, 15 de março de 2011

triperdidas: trabalho - parte 2

Oi!

Queria começar esse post agradecendo o apoio dos nossos amigos e famílias que estão torcendo para que a gente ache emprego logo:
- obrigada dona Tete, mãe da Ana, pelas novenas!
- obrigada Christian, pela figa!
- obrigada tia Cristina, tia da Duda, pela torcida!
- obrigada Márcio e Thayse pelas dicas!
- obrigada aos nossos amigos brasileiros pelas dicas!

Bem, até hoje de manhã eu estava bem ansiosa e preocupada com emprego. Tudo bem, estamos aqui há apenas um mês, mas tem muitas ofertas pela cidade em cartazes e pela internet. Enfim, ver as vagas, mandar currículos, e não ter nenhuma resposta nem entrevista é muito frustrante. Mesmo assim não desistimos, não podemos nos dar esse luxo.

Como eu disse, isso foi até hoje de manhã! Ontem de noite recebi uma ligação de um anúncio de diarista que eu coloquei na internet. O cara é francês e tava com uns papos muito estranhos, fazendo graça no telefone e perguntando um monte de coisa que não é da conta dele, tipo, se eu tenho família no Brasil, se pretendo voltar, etc. Achei meio estranho, mas não podia deixar passar, então pedi pra Duda ir comigo, só pra eu não ficar cagada! Fomos até Dublin 4, no Mespil Estate onde ele mora. No caminho eu e a Duda ficamos encantadas com as residências e com o canal que tem em Dublin 4. É uma zona muito rica e bonita! Depois descobrimos que no Mespil Estate moram vários profissionais de empresas grandes, tipo a Microsoft, que têm suas despesas pagas pela empresa.
Dae encontramos o francês e ele parece bem sério (honesto) e estava preocupado em me conhecer pq se eu pegar o emprego ele vai deixar a chave comigo e tal. No fim, eu estava super apreensiva que ele fosse um louco e ele tb tava apreensivo sobre que tipo de pessoa eu seria. Dae ele me mostrou o apartamento e me disse que provavelmente teria mais dois apartamentos de colegas dele para limpar, pessoas ocupadas que nem ele que não têm tempo de limpar a casa e passar roupa. Quando saimos de lá, ele me ligou dizendo que eu tinha esquecido meu bilhete de loteria. Eu pensei que não tinha entendido o que ele queria dizer e pedi pra ele repetir. Ele deu risada da minha cara e pediu que eu desse um toque de noite pois ele queria conversar comigo e pegar meu nome completo para um recibo. Daqui a pouco vou ligar para ele.

Quando cheguei em casa tinha uma mensagem no meu celular de um café onde larguei meu currículo. Marquei uma entrevista amanhã às 15h!

Para concluir, estou bem mais animada agora e esperançosa! Acho que até o fim da semana vou ter um emprego!

Bjs!

Falou triperdidas!!!
Melina

segunda-feira, 7 de março de 2011

triperdidas: trabalho

E ae pessoal! Estamos ainda procurando emprego, a não ser pela Duda, que já arranjou dois! Um trabalhando nos findis no Aviva Stadium, que é o estádio de rugby deles, e o outro durante a semana na Airtricity, que é uma empresa fornecedora de energia elétrica e de gás.

Bem, eu e a Ana estamos enviando muitos currículos pela internet e também largamos currículos em lojas, restaurantes, cafés e pubs. Eu gostaria de pegar um café, mas restaurante e pub parece ser legal também.  
Entro nos lugares, pergunto quem é o responsável pelas contratações, pergunto se tem alguma vaga e se posso largar meu currículo. Na maior parte das vezes eles oferecem para pegar o currículo, pedem desculpas por não ter vaga, são muito simpáticos. Mas na verdade eles só vão começar a contratar mesmo daqui a umas duas semanas, quando for St. Patrick’s Day e a cidade estiver cheia de turistas. Parece que as comemorações duram do dia 16 até o dia 20, sendo que o feriado é dia 17 de março. As lojas já estão preparadas e já se vê cartazes anunciando a festa. Acho que vai ser do caralho!

A Ana virou consultora Avon! Mas depois ela fala mais sobre essa experiência!

Enfim, estamos aguardando as ligações dos empregadores. Quinta, dia 03, me ligaram de um lugar em que o cara foi meio ríspido e disse que queria alguém com experiência em bares irlandeses. Eu falei que aprendia rápido, aquele xalalá. Ele retrucou dizendo que tem um jeito diferente de servir cerveja irlandesa, etc. No fim ele disse que ia ver duas pessoas e dependendo de como eles fossem ele me ligava. Na quinta ele ligou e pediu que eu fosse lá as 18h para fazermos um teste. Eu ficaria de garçonete por umas duas horas pra ver qualé que era. Fiquei bem animada, me vesti toda de preto como ele me instruiu e fui. Chegando lá uma garçonete mais velha me passou as instruções, o avental e fiquei sob a orientação dela. Conheci o cozinheiro, Yuri, da Europa oriental, o kitchen Porter, de algum país minúsculo do oceano índico e o bar man, irlandês muito simpático. Só o dono tinha uma cara amarrada. Enfim, fiz tudo o que me mandaram, pensei que me embananaria bastante no irlandês, mas entendi 99% de tudo o que eles me disseram! Hooray!

Os clientes foram uns queridos, simpáticos, generosos! Ganhei várias gorjetas! Tinha uma mesa com três tias que pediram umas seis vezes, três vodkas, uma coca diet e uma sevenup. Depois da quarta rodada tive que dizer, “vcs realmente gostam de vodka!” um segundo depois me liguei da minha insolência, mas elas riram e disseram que sim. Muito queridas e generosas, amei!

Aqui na Irlanda quando vc vai num pub beber, tu tens que pagar a bebida no momento em que a recebe. Justo. Só se vc for comer alguma coisa é que não tem problema pagar depois. Nessa hora o pessoal se perde um pouco, pois acabam dando várias gorjetas ao longo da noite, pra sorte das garçonetes!

Contabilidade da noite: três horas e meia andando de um lado pro outro, seis euros e cinqüenta centavos de gorjetas – fora as que a outra garçonete roubou de mim – e a experiência de ser garçonete na Irlanda: não tem preço!

Acho que não consegui o emprego, pois hj é segunda e ele não ligou L pelo menos vou estar mais preparada para as próximas oportunidades!

Falou triperdidas!
Melina.

triperdidas: Hard Rock Cafe

Sexta dia 04 foi aniversário de um quarto de século do Rafael, e eu e Ana decidimos comprar um presentinho pra ele. Como ele adora cerveja, compramos uma caneca bem legal na Carroll’s, que é uma loja para turistas que tem aqui. Além disso, claro, combinamos de ir num pub comemorar.
Para a nossa surpresa, ele quis ir no Hard Rock Café, que até é um pub, mas não é Irish, não tem música Irish, nem o clima Irish! Enfim, fomos. Minha primeira vez num Hard Rock Café, rede de restaurantes com tema musical espalhados pelo mundo todo e cujos donos incluem Bruce Willis, Stallone e Demi Moore.

Recomendo! Música muito boa, ambiente agradável, decoração muito interessante! Pelas paredes do pub estão espalhados várias fotos e artigos de artistas famosos. Várias guitarras, um casaco usado pela Madonna, uma camiseta do Elvis, etc. não vi todo o restaurante, mas certamente vou voltar lá e conferir o resto ;)



Sobre o resto da noite, a Ana postou “Temple Bar”. Dêem uma olhada ;)

Falou triperdidas!
Melina.

domingo, 6 de março de 2011

Temple Bar

Ontem fomos comemorar o aniver de nosso amigo Rafael. Fomos ao Temple Bar. Encontramos os meninos no Hard Rock Cafe. Eles estavam muito animados com o lugar, pois a musica estava simplismente otima!!! O lugar eh muito legal mesmo, nos divertimos muito. Ficamos lah por um tempo bebendo umas Pints, ateh que ai pela meia noite o bar fechou. Pois eh, alguns Pubs fecham bem cedo por aqui. Fomos gentilmente convidados a nos retirar e saimos em busca de um local mais Irish para continuar a noite.


Passando em frente ao bar Temple Bar, achamos por bem, que ali seria a melhor escolha. Apesar de a cerveja ser um pouco mais cara, estava bem legal. O Temple Bar eh bastante famoso e por isso muitos turistas frequentam, muitos brasileiros, logicamente, pois aqui eh o que mais tem. Tudo muito bom, tudo muito bem, bar cheio, musica divertida, amigos legais, ateh que por um BAITA mal entendido, o aniversariante eh expulso do bar!! :-O



Saimos apavoradas procurando saber o que estava acontecendo, mas o seguranca nao quis papo, disse que duas, DUAS - ele repetiu - tinham visto o Rafael "subtrair" a cerveja de outras pessoas. E nao teve papo, ele nem olhava pra gente, apenas continuava repetindo, como quem diz - esta provado nao tem reclamacao-. Tentamos acalmar os animos do nosso amigo, pois o advogado (que ele eh) surgiu, enfuriecido, comparando com o Brasil, como ele resolveria isso por lah.



Ai, ai... nossa primeira noite no Temple Bar e nao estamos afim de voltar lah, que chinelagem. Voltando para casa e refletindo sobre o assunto, lembramos de um brasileiro, muito chato, que parecia estar querendo roubar nossas bebidas. O caso eh que esse rapaz estava vestido de branco, assim como o nosso amigo, entao, esse seguranca irlandes mandou a pessoa errada pra fora - obvio (ja sabiamos que era a pessoa errada neh). Que amadorismo.



Aff!

Falou tri perdidas!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

triperdidas: no final de semana e segunda-feira

Fomos no Phoenix Park no dia seguinte com os mineiros, mas infelizmente não vimos veados Procuramos, mas não achamos. O dia estava de sol, mas um frio de rachar! O passeio foi lindo, muitas árvores e verde por tudo! Vimos um antigo forte, o Magazine Fort, muito velho e quase se desmanchando, literalmente. Além disso, também vimos a casa da presidenta e pegadas de veados. O parque é gigante! Acho que mais umas duas ou três tarde pra ver tudo. Não é pra menos que é o maior parque urbano da Europa.

No domingo fizemos faxina em casa, a Thayse e o Márcio pegaram a sala e a escada, a Duda o banheiro e eu e a Ana pegamos a cozinha. Faxinão pesado! A casa não estava muito suja, mas é nojento chegar num lugar estranho sem nem passar um desinfetantezinho...

Segunda-feira era o dia de passar na escola para pegar a carta do seguro, no banco pegar o extrato dos mil euros e com esses documentos mais o passaporte, ir no GNIB (GARDA NATIONAL IMMIGRATION BUREAU) fazer o nosso registro e pegar o visto para ficar um ano. O agente da imigração tem plenos poderes pra decidir sobre a tua estadia. Nessa hora bate o nervosismo, pq eles podem te dar menos tempo, ou te negar. Ai, ai, ai!
Depois de tomar um chá de cadeira na escola – pra variar – pegamos a nossa carta do seguro. Até o ano passado, vários seguros eram aceitos, mas agora somente o governamental. Algumas pessoas até tiveram sorte e tiveram o seu seguro GTA aceito, mas foram exceções, pelo que nos contaram. Enfim, o nosso é o governamental.
O seguro governamental não é, na verdade, um seguro como usamos no Brasil. Ele é como se fosse uma taxa que o imigrante paga ao governo para poder usar o sistema público de saúde que, dizem, é pior que no Brasil (ou seja, uma merda!). Paga-se 150 euros por isso. Acho justo, tirando a parte de ser um atendimento muito ruim. Só espero que nenhuma de nós precise usar...

Bem, eu adoro ir ao banco aqui. Tu fica dois minutos na fila, a pessoa te atende com um sorriso, te explica tudo o que está fazendo e o porquê disso e daquilo. Dá vontade de voltar com um chocolate! Amei! Sem falar no prédio do banco, um daqueles edifícios antigos, feito de pedra e com muitos detalhes nas paredes e no teto. Já na entrada tem uma lareira tão grande que acho que cabe uma pessoa ali! Enfim, pegamos o “Certificate of Balance” que é tipo um extrato, mas não exatamente. Parece que o extrato mesmo demora mais tempo, vai pra tua casa e só pode ser retirado depois da pessoa ter feito pelo menos quatro movimentações na conta. O “certificate” é um papel assinado e carimbado dizendo quanto dinheiro tem na tua conta.

Com a papelada em mãos fomos no GNIB, que fica super perto de tudo – como tudo por aqui. Chegamos lá pelas 11h30 e saímos lá pelas 14h e pouco. Metade do tempo que nos disseram que íamos esperar. Primeiro entramos numa fila sem ter certeza de que era a fila certa; não tinha ninguém pra dar informações e as plaquinhas não eram muito claras. Minha mão já suava. Ficamos nessa fila por uns 15 minutos, eu acho. Quando chegou na nossa vez, o atendente só conferiu que tínhamos os documentos e nos deu as senhas. Mais uma espera pela frente. Esperamos uma hora e meia, mais ou menos. A mina que me atendeu não me disse nem oi! Entreguei a documentação e a única coisa que ela me perguntou foi o nome da escola. Paguei a taxa de 150 euros com débito do VTM e então ela ficou com o meu passaporte e disse que era pra esperar ser chamada pelo nome. Mais uma espera... depois de alguns minutos eles chamaram a Ana, depois me chamaram. Eles chamam assim “Lima, Brazil, Melina Schiavon” com um sotaque fortíssimo! Muito legal! Teve um Diego Pereira que tava dormindo nas cadeiras!
Fui lá, me entregaram o passaporte carimbado com a permissão de trabalho e o cartão de registro. Assim que tivermos internet em casa coloco as fotos. Agora é só FREAK OUT!

Falou triperdidas!
Melina.

terça-feira, 1 de março de 2011

triperdidas: Dublin, 12º dia

obs.: E ae pessoal! A falta de acento e pq o teclado aqui e diferente!

CAPITULO 1: baldes de agua fria
Depois de muitas horas de vôo, nos separamos no aeroporto e fomos para as nossas casas de estudante. Eu e a Ana fomos para Dublin 8 no sul e a Duda pra Dublin 7, no norte. Eu e Ana levamos uns baldes de água fria. O cara do transfer, nada profissional, ficou fazendo várias piadinhas sem graça como se estivéssemos num bar e não no aeroporto, sem dormir, mais de dez horas de avião e com malas pesadas. Enfim, não vou detalhar as piadinhas, mas pra finalizar, ele largou e pegou umas três pessoas antes de largar a gente em casa.
Chuááááá!

Chegando na casa de estudante, descobrimos que ficaríamos em quartos separados, mesmo tendo especificado em Porto Alegre que queríamos um quarto só para nós duas. Além disso, vimos que o que eles chamam de casa de estudante é na verdade um hostel caro e sem armários com chave ou cadeado – sem falar na falta de guarda roupa. O quarto onde a Ana ficou estava virado de cabeça para baixo! A menina que estava ocupando o quarto além de folgada é uma porca. A casa toda estava muito suja, pó no banheiro, coisas engorduradas na cozinha, desorganização por tudo.
Chuáááá!



 
Já com a Duda foi mais tranqüilo, pegou um táxi, custou 20 euros e o motorista foi atencioso. Quando chegou na casa, a galera tava indo pro centro. Mal chegou, largou as malas e foi com o pessoal. Conheceu o centro, a O´Connel, deu banda no comércio e comprou pijama por 6 euros. Voltando, pegou a chave do quarto e descobriu que tinha um quarto só pra ela com uma cama de casal, uma de solteiro, banheiro e TV. Invejamos ela ;)

Alguns dias depois a porquinha da nossa casa foi embora e eu mudei para o quarto da Ana e tudo ficou tranquis. Antes disso dividi o quarto com dois mineiros muuuuito gente fina! Aposto que eu fiz mais barulho e bagunça que eles no quarto ;)
Fizemos um mutirão para limpar e organizar a cozinha e vivemos momentos felizes na casa por mais uns dias. Rachamos almoços com os mineiros – que precisam aprender a cozinhar agora que nos mudamos! E na noite que a porquinha se mudou compramos um vinho e os mineiros e o Rodrigo – parceria que trabalha na SEDA, a nossa escola, e era um dos responsáveis pela casa - compraram cerveja. Ficamos até mais tarde batendo papo, foi muito tri!

CAPITULO 2: dando as primeiras bandas pela cidade
Nos primeiros dias demos banda pela cidade e vimos vários prédios antigos, aqueles bem europeus. Tiramos aquelas fotos sem graça que poderiam ter sido tiradas do google e tiramos umas outras escabeladas na frente dos monumentos. Pelo menos eu tava escabelada ;) Caminhamos bastante no centro, e to chegando a conclusão de que essas cidades turísticas mas que não são super metrópoles tem o centro da cidade muito parecido; uma rua para pedestres entrarem de loja em loja comprando souvenir. Enfim, pelo menos Dublin tem muita personalidade! Há muitos artistas de rua tocando música de alta qualidade, estátuas vivas, entre outros tipos. Adoro as músicas tradicionais irlandesas que eles tocam, principalmente quando tocam algum instrumento típico daqui, como o bódhran, a flauta ou o violino, pois dão um clima especial ao passeio.







 
Passamos pela famosa Grafton St. onde foi filmado o Once (ver post sobre filmes). A Duda disse q quando chegasse lá ia começar a chorar, e eu acho q ela chorou, pois ficou um tempão olhando fixo pra rua enquanto eu e a Ana estávamos ocupadas fazendo um novo amigo... *
No início da Grafton tem uma estátua de uma mina peituda chamada Molly Malone, passamos por lá e tinha um velhinho tocando o bódhran, um instrumento de percussão típico daqui que eu adoro! Enfim, PIREI! Tirei umas fotos do vovô e ele começou  a nos chamar, quis tirar foto com a gente, tirou uma foto  nossa, fez a gente se posicionar onde era melhor e tudo, perguntou de onde éramos e ficou dando altas dicas de lugares pra ir e pra se cuidar com os pickpockets. O nome do nosso amigo é Connor McGuire (amei!) nos abraçou, nos beijou, o veio tava  muito emocionado! Ele deu uma dica de site pra gente entrar e baixar música irlandesa *. Além de simpático, o veio é moderno! Não foi fácil entender o que ele disse, mas conseguimos! Foi muuuuuuito legal!!!!!!!! Amei!



 






  Na real, ainda não acredito que to aqui! Meus olhos enchem de lágrimas quando olho para os prédios, para as árvores, para os parques, para as esculturas, enfim, quando me ligo que to aqui. E olha que eles tb tem seus mendigos, sujeira, pobres e idiotas.
Nós, brasileiros, estamos por tudo! Na escola, onde tem uma regra que tem que falar inglês, falam português. Há vários brasileiros nos “chinas” daqui, onde tem um monte de eletrônicos baratos e tal. Na real tem até uns africanos por lá, é bem bizarro, pois no meio da rua tem uma ferinha que vende frutas e legumes muito mais baratos que no super. E as lojinhas parecem as da galeria do rosário (momento Borghetti!). Foi lá que a Ana desbloqueou o cel dela e compramos adaptadores. Porcaria tb pode ser bem barato aqui. Compramos um pacotão de twix por três euros – pra dividir.

No nosso primeiro sábado fomos no Gogarty’s tomar as nossas primeiras pints. Fomos com a Thayse e o Márcio e depois os mineiros nos encontraram lá. Uma brasileira muito simpática foi nossa garçonete, nos deu dicas de emprego e nos falou um pouco sobre sua rotina de trabalho – é foda! A mina trabalha mais de 60h por semana! Comemos batatinhas com as nossas pints, bem melhores na Irlanda do que no Shamrock : P e tava tudo muito bom! Foi uma noite muito legal!










No nosso primeiro domingo ficamos na casa de estudante e descansamos das caminhadas da semana – saímos por volta das 9h e voltamos sempre por volta das 18h, se não mais tarde. O tempo tava bem frio e meio chuvoso, perfeito pra ficar em casa!

CAPITULO 3: burocracia
Em relação a documentação para o visto de estudante – que nos permite estudar e trabalhar 20h durante o curso e 40h ao final – essa semana foi um pouco estressante. Para conseguir esse visto, precisamos levar o passaporte, a carta do seguro governamental, um extrato do Banco da Irlanda comprovando que temos pelo menos mil euros para nos manter no país (a partir de abril é 3 mil) e uma carta que a escola manda diretamente para eles.
Em relação ao banco, antes de abrir a conta tivemos que fazer um número de PPS, que é tipo um CPF. Depois disso abrimos uma conta. Quando se abre uma conta de estudante aqui, eles não mandam o cartão para a casa da pessoa, por segurança. Eles sabem que normalmente se fica em casa de estudante cheia de pessoas desconhecidas. No banco da Duda foi diferente, o cartão dela vai pra casa de estudante. Enfim, o cara que me atendeu no banco, muito simpático, me informou que eu poderia voltar quando tivesse um endereço fixo para depois requisitar um cartão.
Agora que temos um endereço fixo, 22 Pimlico, Dublin 8 ;) fomos lá mudar o endereço e depositar os mil euros. Descobrimos que teríamos que fazer um saque, pois não existe a possibilidade de fazer o depósito com débito do VTM. Ainda bem que tinha um caixa dentro do banco, então não foi necessário andar com essa grana na rua. Ufa! Mesmo assim deu aquele frio na barriga na hora de tirar e depositar esse dindin!
Agora só falta tirar o extrato e pegar a carta do seguro na escola. Depois disso vamos na imigração, q nervoso!
Só depois vou requisitar o cartão do banco e começar a usar esse dinheiro. Espero conseguir um emprego antes que ele acabe! Temos largado currículos em pubs, restaurantes e lojas, além de procurar pela internet.

CAPITULO 4: fazendo contato com os nativos
Depois do banco fomos no Stephen’s Green Park de novo com os mineiros. No caminho, na Grafton Street, ganhamos free hugs – abraços de graça – e eu fui apalpada! Não criei caso, afinal de contas, era um piá. Só fiz um sinal de “behave yourself”.
Depois disso, fomos tomar um café no Burger King (café mais muffin por 3 euros). Estávamos lá batendo papo quando entraram três meninos usando kilt e com camisetas de algum time escocês. Tentamos tirar foto na camufla, mas só conseguimos criar coragem para pedir uma foto depois que vimos uma menina tirando foto com eles. Os que abraçaram a Ana estavam fedendo a asa!!! Ui! Deixaram um budum no ombro dela! Teve que ir no banheiro pra aliviar a catinga! É o preço de ser abraçada por escoceses gatinhos!

Amanhã vamos ao Phoenix Park de novo; visitamos um pedacinho do parque semana passada quando dormimos na casa de estudante da Duda, pois é perto. Nessa ocasião, vimos esquilos, cisnes, patinhos, corvos – que estão por toda a cidade. Queríamos ter visto veados, pois eles andam livremente por lá. Quem sabe amanhã temos sorte!

Falou triperdidas!
Melina.