terça-feira, 1 de março de 2011

triperdidas: Dublin, 12º dia

obs.: E ae pessoal! A falta de acento e pq o teclado aqui e diferente!

CAPITULO 1: baldes de agua fria
Depois de muitas horas de vôo, nos separamos no aeroporto e fomos para as nossas casas de estudante. Eu e a Ana fomos para Dublin 8 no sul e a Duda pra Dublin 7, no norte. Eu e Ana levamos uns baldes de água fria. O cara do transfer, nada profissional, ficou fazendo várias piadinhas sem graça como se estivéssemos num bar e não no aeroporto, sem dormir, mais de dez horas de avião e com malas pesadas. Enfim, não vou detalhar as piadinhas, mas pra finalizar, ele largou e pegou umas três pessoas antes de largar a gente em casa.
Chuááááá!

Chegando na casa de estudante, descobrimos que ficaríamos em quartos separados, mesmo tendo especificado em Porto Alegre que queríamos um quarto só para nós duas. Além disso, vimos que o que eles chamam de casa de estudante é na verdade um hostel caro e sem armários com chave ou cadeado – sem falar na falta de guarda roupa. O quarto onde a Ana ficou estava virado de cabeça para baixo! A menina que estava ocupando o quarto além de folgada é uma porca. A casa toda estava muito suja, pó no banheiro, coisas engorduradas na cozinha, desorganização por tudo.
Chuáááá!



 
Já com a Duda foi mais tranqüilo, pegou um táxi, custou 20 euros e o motorista foi atencioso. Quando chegou na casa, a galera tava indo pro centro. Mal chegou, largou as malas e foi com o pessoal. Conheceu o centro, a O´Connel, deu banda no comércio e comprou pijama por 6 euros. Voltando, pegou a chave do quarto e descobriu que tinha um quarto só pra ela com uma cama de casal, uma de solteiro, banheiro e TV. Invejamos ela ;)

Alguns dias depois a porquinha da nossa casa foi embora e eu mudei para o quarto da Ana e tudo ficou tranquis. Antes disso dividi o quarto com dois mineiros muuuuito gente fina! Aposto que eu fiz mais barulho e bagunça que eles no quarto ;)
Fizemos um mutirão para limpar e organizar a cozinha e vivemos momentos felizes na casa por mais uns dias. Rachamos almoços com os mineiros – que precisam aprender a cozinhar agora que nos mudamos! E na noite que a porquinha se mudou compramos um vinho e os mineiros e o Rodrigo – parceria que trabalha na SEDA, a nossa escola, e era um dos responsáveis pela casa - compraram cerveja. Ficamos até mais tarde batendo papo, foi muito tri!

CAPITULO 2: dando as primeiras bandas pela cidade
Nos primeiros dias demos banda pela cidade e vimos vários prédios antigos, aqueles bem europeus. Tiramos aquelas fotos sem graça que poderiam ter sido tiradas do google e tiramos umas outras escabeladas na frente dos monumentos. Pelo menos eu tava escabelada ;) Caminhamos bastante no centro, e to chegando a conclusão de que essas cidades turísticas mas que não são super metrópoles tem o centro da cidade muito parecido; uma rua para pedestres entrarem de loja em loja comprando souvenir. Enfim, pelo menos Dublin tem muita personalidade! Há muitos artistas de rua tocando música de alta qualidade, estátuas vivas, entre outros tipos. Adoro as músicas tradicionais irlandesas que eles tocam, principalmente quando tocam algum instrumento típico daqui, como o bódhran, a flauta ou o violino, pois dão um clima especial ao passeio.







 
Passamos pela famosa Grafton St. onde foi filmado o Once (ver post sobre filmes). A Duda disse q quando chegasse lá ia começar a chorar, e eu acho q ela chorou, pois ficou um tempão olhando fixo pra rua enquanto eu e a Ana estávamos ocupadas fazendo um novo amigo... *
No início da Grafton tem uma estátua de uma mina peituda chamada Molly Malone, passamos por lá e tinha um velhinho tocando o bódhran, um instrumento de percussão típico daqui que eu adoro! Enfim, PIREI! Tirei umas fotos do vovô e ele começou  a nos chamar, quis tirar foto com a gente, tirou uma foto  nossa, fez a gente se posicionar onde era melhor e tudo, perguntou de onde éramos e ficou dando altas dicas de lugares pra ir e pra se cuidar com os pickpockets. O nome do nosso amigo é Connor McGuire (amei!) nos abraçou, nos beijou, o veio tava  muito emocionado! Ele deu uma dica de site pra gente entrar e baixar música irlandesa *. Além de simpático, o veio é moderno! Não foi fácil entender o que ele disse, mas conseguimos! Foi muuuuuuito legal!!!!!!!! Amei!



 






  Na real, ainda não acredito que to aqui! Meus olhos enchem de lágrimas quando olho para os prédios, para as árvores, para os parques, para as esculturas, enfim, quando me ligo que to aqui. E olha que eles tb tem seus mendigos, sujeira, pobres e idiotas.
Nós, brasileiros, estamos por tudo! Na escola, onde tem uma regra que tem que falar inglês, falam português. Há vários brasileiros nos “chinas” daqui, onde tem um monte de eletrônicos baratos e tal. Na real tem até uns africanos por lá, é bem bizarro, pois no meio da rua tem uma ferinha que vende frutas e legumes muito mais baratos que no super. E as lojinhas parecem as da galeria do rosário (momento Borghetti!). Foi lá que a Ana desbloqueou o cel dela e compramos adaptadores. Porcaria tb pode ser bem barato aqui. Compramos um pacotão de twix por três euros – pra dividir.

No nosso primeiro sábado fomos no Gogarty’s tomar as nossas primeiras pints. Fomos com a Thayse e o Márcio e depois os mineiros nos encontraram lá. Uma brasileira muito simpática foi nossa garçonete, nos deu dicas de emprego e nos falou um pouco sobre sua rotina de trabalho – é foda! A mina trabalha mais de 60h por semana! Comemos batatinhas com as nossas pints, bem melhores na Irlanda do que no Shamrock : P e tava tudo muito bom! Foi uma noite muito legal!










No nosso primeiro domingo ficamos na casa de estudante e descansamos das caminhadas da semana – saímos por volta das 9h e voltamos sempre por volta das 18h, se não mais tarde. O tempo tava bem frio e meio chuvoso, perfeito pra ficar em casa!

CAPITULO 3: burocracia
Em relação a documentação para o visto de estudante – que nos permite estudar e trabalhar 20h durante o curso e 40h ao final – essa semana foi um pouco estressante. Para conseguir esse visto, precisamos levar o passaporte, a carta do seguro governamental, um extrato do Banco da Irlanda comprovando que temos pelo menos mil euros para nos manter no país (a partir de abril é 3 mil) e uma carta que a escola manda diretamente para eles.
Em relação ao banco, antes de abrir a conta tivemos que fazer um número de PPS, que é tipo um CPF. Depois disso abrimos uma conta. Quando se abre uma conta de estudante aqui, eles não mandam o cartão para a casa da pessoa, por segurança. Eles sabem que normalmente se fica em casa de estudante cheia de pessoas desconhecidas. No banco da Duda foi diferente, o cartão dela vai pra casa de estudante. Enfim, o cara que me atendeu no banco, muito simpático, me informou que eu poderia voltar quando tivesse um endereço fixo para depois requisitar um cartão.
Agora que temos um endereço fixo, 22 Pimlico, Dublin 8 ;) fomos lá mudar o endereço e depositar os mil euros. Descobrimos que teríamos que fazer um saque, pois não existe a possibilidade de fazer o depósito com débito do VTM. Ainda bem que tinha um caixa dentro do banco, então não foi necessário andar com essa grana na rua. Ufa! Mesmo assim deu aquele frio na barriga na hora de tirar e depositar esse dindin!
Agora só falta tirar o extrato e pegar a carta do seguro na escola. Depois disso vamos na imigração, q nervoso!
Só depois vou requisitar o cartão do banco e começar a usar esse dinheiro. Espero conseguir um emprego antes que ele acabe! Temos largado currículos em pubs, restaurantes e lojas, além de procurar pela internet.

CAPITULO 4: fazendo contato com os nativos
Depois do banco fomos no Stephen’s Green Park de novo com os mineiros. No caminho, na Grafton Street, ganhamos free hugs – abraços de graça – e eu fui apalpada! Não criei caso, afinal de contas, era um piá. Só fiz um sinal de “behave yourself”.
Depois disso, fomos tomar um café no Burger King (café mais muffin por 3 euros). Estávamos lá batendo papo quando entraram três meninos usando kilt e com camisetas de algum time escocês. Tentamos tirar foto na camufla, mas só conseguimos criar coragem para pedir uma foto depois que vimos uma menina tirando foto com eles. Os que abraçaram a Ana estavam fedendo a asa!!! Ui! Deixaram um budum no ombro dela! Teve que ir no banheiro pra aliviar a catinga! É o preço de ser abraçada por escoceses gatinhos!

Amanhã vamos ao Phoenix Park de novo; visitamos um pedacinho do parque semana passada quando dormimos na casa de estudante da Duda, pois é perto. Nessa ocasião, vimos esquilos, cisnes, patinhos, corvos – que estão por toda a cidade. Queríamos ter visto veados, pois eles andam livremente por lá. Quem sabe amanhã temos sorte!

Falou triperdidas!
Melina.

2 comentários:

  1. Amei a história do velhinho!! aqui nunca vi esse tipo de situação na rua, encontrar com alguém tão gentil e simpático! só em país de primeiro mundo mesmo! beijos

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  2. Ola! Adorei o blog de vcs...tbm sou do Sul e eu e uma amiga estamos pensando em passar um tempo ai tbm para estudar Ingles... É muito bom ter um pouco de noção do que se passa por ai! hahah
    Aproveitem!

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